Savage Worlds e seus 7 anos no Brasil
Por Eder Marques
Dando início aos textos de divulgação do financiamento coletivo da nova edição do Savage Worlds eu vou quebrar um pouco o protocolo nesse texto pra falar do SW sob a minha perspectiva, como eu vi o jogo se tornar o que ele é hoje e o caminho que ele percorreu pra chegar até aqui.
Minha História
Eu ainda me lembro lá em 2012, ano em que eu voltei a jogar RPG após longo hiato, de encontrar na internet um pessoal divulgando um financiamento coletivo de um tal de Savage Worlds, um RPG genérico a ser lançado pela RetroPunk (nome maneiro!), quando eu abri a página do projeto logo de cara surgia um vídeo com um fundo meio escuro de um sujeito, o Guilherme Moraes, falando de como o jogo era legal, das possibilidades que ele trazia e tal, e ele me convenceu, me fisgou na hora. Mas, vale lembrar que isso era nos primórdios dos financiamentos coletivos no Brasil e ainda rolava aquela ideia do “salto de fé”, eu fiquei vidrado no jogo, mas tinha receio pela plataforma, fiquei nesse dilema de financiar ou não, e quando me decidi que apoiaria eu acabei me enrolando por conta de uma viagem que tive que fazer e perdi o último dia do financiamento, me recrimino por isso até hoje, pois o meu nome não está na lista de apoiadores da primeira edição.
Tempos depois, quando o livro finalmente saiu, eu vi um cara que trabalhava na editora, um tal de Fernando Del Angeles, dizendo que tinha alguns deles pra vender e eu logo quis comprar uma cópia, papo vai papo vem acabamos montando uma mesa e nos tornando amigos… e aqui estamos 7 anos depois, entre idas e vindas, ainda jogando Savage Worlds quase que toda semana (inclusive enquanto escrevo esse texto estamos discutindo os pormenores da mesa de amanhã).
E quis o destino que acontecesse uma coisa que eu jamais poderia imaginar lá em 2012, eu fiz amizade com os caras da editora, acabei indo trabalhar lá e hoje sou um dos editores do jogo. De certa forma vejo minha caminhada profissional muito ligada ao SW.
Como o título desse texto já diz, ele é uma retrospectiva, mas eu achei interessante antes de fazer um apanhado geral do que já lançamos por aqui e dos altos e baixos ao longo desses anos, usar esse meu relato pessoal pra reforçar que antes de sermos profissionais editoriais trabalhando em uma linha, somos fãs desse jogo, jogamos ele constantemente e ele está intimamente ligado a um resgate do que o RPG significava pra mim.
Vale dizer também que o Guilherme quando criou a editora o fez pois tinha o sonho de lançar Savage Worlds no Brasil!
Mas agora chega de sentimentalismo, vamos falar do que já lançamos por aqui e fazer essa retrospectiva.
O Começo
Em 2012 o financiamento da Edição Brasileira do Savage Worlds foi um grande sucesso, mas que trouxe alguns percalços, todo o material básico foi lançado, mas as metas extras incluíam os dois livros do Deadlands e que acabaram dando mais trabalho do que se imaginava, entre problemas com tradutores e o orçamento do livro praticamente ter dobrado em coisa de um ano.
Deadlands demorou um tempão pra ser lançado o que deixou a linha numa situação bastante delicada. Era uma situação bastante complexa, você tinha um livro básico, mas pra um jogo genérico isso não basta.
Renascidos e Amaldiçoados
Quando a linha parecia de certa forma “amaldiçoada” por tantos problemas, o Fernando acabou licenciando um jogo que se mostrou um ponto de virada para a editora, um tal de Accursed, tendo aprendido com os erros, todo o material já estava pronto antes do financiamento e numa iniciativa sem precedentes até então o PDF do livro foi lançado durante o financiamento e o livro entregue cerca de um mês depois do fim do projeto. Isso foi um ponto de virada para a editora, isso mudou o modo de trabalho e como ela passou a atuar dali para frente, costumo dizer que esse foi um renascimento do SW.
Mundos Selvagens
Finalmente, depois de todo um período de incertezas a linha finalmente deslanchou após o lançamento do Accursed, e daí para frente o público abraçou o jogo e Savage Worlds se tornou uma das linhas de RPG mais prolificas no Brasil, foram publicados até hoje cerca de 50 títulos entre aventuras, cenários, suplementos, etc. Boa parte deles físicos e vale o destaque para os Compêndios, Accursed, Weird Wars, Deadlands, Winter Eternal e o clássico da espada e feitiçaria, Lankhmar.
Poderíamos falar também do concurso de cenários que deu uma oportunidade de um cenário nacional ser publicado em português, mas isso fica para um próximo texto.
Considerando tudo isso, SW é um dos RPGs genéricos mais bem-sucedidos no Brasil, se equiparando ao GURPS e ao 3D&T.
Savage Worlds Adventure Edition
Ao longo de todos esses anos a editora trabalhou com a Explorers Edition versão Deluxe que aqui ficou conhecida como Edição Brasileira do Savage Worlds e que recebeu uma edição revisada há alguns anos, mas essa edição já tem quase 8 anos de idade e carecia de uma atualização, é aí que entra a Savage Worlds Adventure Edition, ou abreviando SWADE!
Sem entrar nos pormenores do que muda no SWADE, isso será discutido mais adiante em outro texto, basicamente é a culminação de anos e anos de jogo em um material mais conciso e que faz mais sentido, um jogo mais direto ao ponto.
Nossa intenção é lançar um financiamento coletivo, em setembro, para trazer essa edição até vocês, começando a apresentá-lo agora.
Mais para frente termos outros textos discutindo vários aspectos do Savage Worlds e o lançamento da nova edição, mas é bem gratificante pode revisitar a história do jogo aqui no Brasil e ver como de certa forma ele está ligado a minha atuação como profissional no meio e também à história da RetroPunk.
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