RetroPunk

Category: RPG

3 de abril de 2018

Os Diários de Castelo Falkenstein

Os Diários de Castelo Falkenstein

Por Jô Nobrega

“Neste lado do Véu Feérico todo mundo mantém um diário, e muitas pessoas usam blocos semelhantes aos livros em branco que se compra em papelarias em nosso mundo. Pode ser que você queira fazer o mesmo, ou até mesmo fabricar seu próprio livro para escrever a história de seu personagem!”

Castelo Falkenstein

Se você já ouviu falar de Castelo Falkenstein provavelmente já sabe que se trata de um RPG único, tanto em história quanto em forma. A Aventura se passa em uma Europa alternativa, onde a Revolução Industrial se encontra com a magia e a História toma rumos criativos e cheios de possibilidades. Como sabemos disso? Tom Olam (um alter-ego do autor) foi transportado para esta Nova Europa nos fala deste universo alternativo por meio de diários.

Acho que posso dizer que o jogo gira em torno de diários, inclusive. Em Castelo Falkenstein não usamos reles fichas fotocopiadas nem conceitos distantes como planilhas e pontos de habilidades. Somos pessoas, excelentes em algumas coisas, ou fracas em outras. Temos passados e aspirações, mas vivemos em um presente dinâmico, que muda todos os dias. E registramos nossas histórias em diários, como Olam.

O Grande Jogo sugere que cada personagem faça seu diário, e que o mestre escreva a aventura também em forma de livro. Eu e meu grupo fizemos algo parecido, mas achamos que seria mais interessante se todos fizessem um único livro, então ao final de cada dia um de nós leva para casa o diário e registra os fatos ocorridos na visão (e personalidade) do seu personagem. O mestre escreve entre as narrativa os outros fatos relevantes.

Devo dizer que lá atrás, no momento que li a parte sobre fazer seu próprio diário já fui atrás dos tais livros em branco. Achei cadernos muito bons, mas ainda não era bem daquilo que eu estava atrás. Tive vontade de não apenas escrever, mas de fazer um diário. Passei então à segunda sugestão: fabricar seu próprio livro. Na mesma hora me animei: procurei referências, livros da época, tipos de encadernação, tutoriais, vídeos… Quase todos os materiais eu já tinha em casa ou são facilmente encontrados. Envelheci papéis usando chá preto bem forte (já vi usarem café). Foi bem simples, coloquei tudo em uma assadeira do tamanho do papel e deixei lá por uns minutos, variando de acordo com o efeito que eu queria. Pendurei para secar e pus embaixo de um monte de livros pra ficar mais retinho. Dá até pra usar na impressora pra acrescentar uns floreios e pautas, se desejar. A capa também foi impressa, a partir de imagens que achei e adaptei. O ideal seriam materiais mais realistas, claro, mas o efeito geral ficou bom. A parte de montar o livro foi a mais desafiadora e depois de muitos tutoriais comecei: separei as páginas de 5 em 5 e dobrei, fazendo pequenos cadernos. Optei pela Costura Francesa para a montagem (existem vários tipos de técnicas, lindíssimas) e como nesse estilo a costura é aparente, usei uma linha dourada, bem de acordo com nossa aventura. Finalizei com tiras de couro e metais (as poucas coisas que precisei comprar) que achei em lojas de artigos para sapataria e ferragens em geral. Achei também um martelo de com cara de antigo. É claro que é totalmente desnecessário se você já tem um em casa, mas a essa altura já estava totalmente no clima me sentia um misto de anão sapateiro e monge encadernador!

Apresentei o livro ao grupo e todo mundo se animou. Daí em diante fomos incrementando com imagens, retratos, cartões de visitas e tudo que conseguimos pensar para dar sabor à história. As narrativas ficaram super elaboradas, e cada capítulo uma visão de mundo diferente… heroica, objetiva, pessimista, sonhadora. Com erros, sim! Passagens riscadas, letras horríveis, mas tudo espontâneo, como retratos de nossos Personagens Dramáticos. Um livro único e verdadeiramente feito pelo grupo. Nossa história ainda não está pronta, vai sendo construída de capítulo em capítulo, mas temos certeza de que vai ser épica!

29 de março de 2018

O Brasil que nunca existiu: um guia sobre o Império dos Trópicos

Por Eder Marques

Em um primeiro momento, pensei neste texto como mais um guia com dicas sobre como abordar o Brasil imperial em Castelo Falkenstein, mas a relação do jogo com nosso país e a comunidade que ele fomentou por essas terras é tão interessante que seria uma oportunidade desperdiçada não falar disso.

Falkenstein foi lançado aqui em meados de 1999, depois de ter sido aclamado pela critica em seu lançamento original. Muitos costumam dizer que o jogo não teve tanto sucesso por aqui, a boa e velha questão de dele ter sido um jogo à frente do seu tempo, e por isso ele ter sido mal compreendido. Não deixa de ser verdade, mas vale ressaltar também que o público atingido pelo jogo aqui era muito fiel e prolífico. Isso gerou diversos materiais e eventos interessantes.

Entre LARPS, livretos, fichas, escudos e outros, gosto de destacar O Império dos Trópicos, um suplemento/zine sobre o Brasil que infelizmente nunca foi adiante e Ao Vencedor as Batatas, um suplemento produzido para um famosíssimo LARP que aconteceu em meados dos anos 90 (salvo o engano) e que envolvia diversas figuras populares da história brasileira.

Além disso, embora não seja diretamente produzida aqui, a aventura Glass Mountain menciona o Príncipe Pedro de Bragança do Brasil, que seria um playboy internacional em busca de aventuras. Embora a aventura não entre em mais detalhes sobre o Brasil, não deixa de ser algo interessante.

Todo esse material nos leva a boa e velha questão: a RetroPunk pretende lançar material sobre o Brasil em Castelo Falkenstein eventualmente? A resposta curta é sim! Mas não agora!

Nossa ideia (e que passa por nosso acordo com a R.Talsorian Games) sempre foi consolidar a linha e publicar todo o material original antes de pensarmos em criar algo, mas como tudo deu tão certo no financiamento coletivo, essa ideia de publicar material com informações sobre o Brasil se torna cada vez mais concreta e viável.

Enquanto isso não acontece, ficam aqui algumas dicas para usar o Império do Brasil como cenário em Castelo Falkenstein:

– Criar fichas de personalidades histórias sempre foi uma marca de Falkenstein; o próprio livro básico tem dezenas delas, tanto de personagens ficcionais quanto figuras históricas. Como seriam as fichas das figuras importantes do Brasil?

– Recriar eventos históricos sob uma perspectiva falkensteiniana. Será que a proclamação da República teria ocorrido da mesma forma no mundo de Castelo Falkenstein? E a Guerra do Paraguai?

– O folclore brasileiro é riquíssimo em criaturas e mitos, como seriam as fadas brasileiras?

Ambientar um jogo no Brasil pode ser mais fácil com a vasta gama de informações presente em nossos livros de história, as aventuras podem ficar mais ricas e vívidas com essas informações.

22 de março de 2018

As Imaginações de Júlio Verne

Dando sequência a nossos guias no universo de Castelo Falkenstein, hoje falaremos sobre ficção científica e Júlio Verne no guia: As Imaginações de Júlio Verne.

Julio Verne é uma das mentes literárias mais brilhantes de todos os tempos, considerado por muitos, um dos pais da ficção científica. Verne detém, aliás, o título de autor mais traduzido da história! O impacto cultural de suas obras é sentido até hoje, seus personagens e histórias memoráveis, inspiraram (e ainda inspiram) inúmeras adaptações, filmes, HQs e até mesmo, jogos. É raro encontrar alguém que não tenha tido contato com uma de suas obras, mesmo que indiretamente ou através de uma adaptação.

Se em nosso mundo, Verne teve um impacto significativo, inspirando milhões com seus livros e imaginando tecnologias que só seriam desenvolvidas quase um século depois (daí a celebre frase: “O que um homem puder imaginar, outro poderá inventar”), no mundo de Falkenstein, onde meras ideias tomam forma e as fantasias se tornam realidade, seu impacto é ainda mais palpável. Lá, Verne se tornou ministro da França e criou dispositivos chamados de Canhões Verne. São canhões gigantes que protegem a França de seus inimigos. Além disso, os protagonistas de suas histórias, como o Capitão Nemo, Robur e Phileas Fogg, são bastante reais, Fogg inclusive, costuma dizer que Verne tende ao exagero.

Usando as obras de Verne como inspiração, podemos pensar em aventuras focadas na ficção científica, usando elementos criados por ele e no futurismo do início do século XX.

Seguem algumas ideias:

– Como seria interessante desbravar o mundo a bordo do Náutilus, explorar o fundo do mar e lugares estranhos como a Ilha Misteriosa;

– Robur era um gênio no campo da aeronáutica. O que mais ele poderia ter inventado?

– Quais serão os segredos do centro da Terra em Castelo Falkenstein?

– E quanto a Lua? Exploração espacial em Falkenstein pode soar estranha num primeiro momento, mas se pensarmos em John Carter e Marte, veremos que explorar a Lua pode ser bem interessante;

– E se H.G. Wells fosse correspondente de Júlio Verne, dá para imaginar o que sairia da colaboração entre esses dois gênios?

– Indo além de Verne, podemos pensar em várias tecnologias modernas adaptadas à Era do Vapor, se bobear poderíamos ter um acelerador de partículas movido à vapor;

Essas são apenas algumas das possibilidades. Em se tratando de ficção científica, o limite é a imaginação!

O financiamento coletivo de Castelo Falkenstein (e sua coleção de títulos) completou 15 dias e estamos com mais de 73k, faltando apenas duas metas para a publicação de toda a coleção de Falkenstein. Estamos muito felizes com o sucesso da campanha e sabemos que há muito trabalho pela frente. Temos certeza que nossos apoiadores aguardarão ansiosamente o lançamento de cada título e reforçamos o convite a quem ainda não apoiou o projeto. Visite a página do projeto em https://www.catarse.me/falkenstein e apoie uma das recompensas!

15 de março de 2018

Elementar, meu caro jogador

Além das curiosidades do universo de Castelo Falkenstein que estamos publicando em nossa fanpage do Facebook, começamos uma série de guias com ideias e comparativos entre o mundo de Falkenstein e o nosso – A Nova Europa e a Europa vitoriana histórica.

Nosso primeiro guia, intitulado: Aventuras investigativas com Sherlock Holmes, Dr. Watson e Arthur Conan Doyle em Castelo Falkenstein, traz ideias para aventuras envolvendo o investigador mais famoso da literatura.

Primeiramente precisamos contextualizar que no mundo de Castelo Falkenstein, os personagens da ficção de nosso mundo ganham vida e coexistem com seus autores de nossa contraparte, afinal de contas, este é um mundo onde a fantasia se torna realidade. Logo, Holmes e Watson andam por aí e são até mesmo vistos em companhia de Sir Arthur Conan Doyle, narrador de suas aventuras. Vale notar que outros personagens também ganham vida, como o convencional Inspetor Lestrade, a brilhante Irene Adler e o ardiloso Professor Moriarty, cujos planos vilanescos podem colocar a Nova Europa em apuros.

Com a vasta literatura desses personagens como inspiração, não é difícil pensar em aventuras investigativas em Castelo Falkenstein. Seguem algumas ideias:

– O Inspetor Lestrade está desesperado, ele tem um caso estranho em mãos que Sherlock Holmes julga trivial e aquém de suas habilidades. Será que os personagens conseguem resolve-lo?

– O Cão dos Baskervilles poderia ser uma criatura da corte Unseelie e investigar tal criatura pode se tornar um desafio para os personagens;

– Os personagens podem ser amigos de Holmes, ou mesmo seus aprendizes, acompanhando-o em uma de suas aventuras;

– Os personagens devem investigar a “morte” de Sherlock Holmes;

– Sir Arthur pede que os personagens revisem um de seus livros e eles notam algo que o próprio Holmes havia deixado passar;

– Misturando as histórias com algo mais recente, e se Sherlock e o Dr. Watson investigassem o Assassinato no Orient Express (obra de Agatha Christie) com a ajuda dos personagens;

– E se a famigerada foto que Irene Adler tem com o Rei da Boemia caísse em mãos erradas? Será que os personagens poderiam ajudar a resgatá-la? Afinal essa era a única garantia que ela tinha contra represálias;

– O Professor Moriarty é um vilão de classe internacional e seus planos podem se estender como uma teia sobre toda a Nova Europa. Será que Holmes daria conta de impedi-lo sozinho ou precisaria da ajuda dos personagens?

Essas são apenas algumas ideias. As possibilidades são muitas e você pode usar toda a obra literária e cinematográfica do personagem como inspiração!

Lembrando, o financiamento coletivo da coleção de CF continua a todo vapor. ? Falta muito pouco para lançarmos TODA a coleção de livros da R.Talsorian Games. Garanta sua coleção em: www.catarse.me/falkenstein

26 de fevereiro de 2018

O Projeto de Castelo Falkenstein

É com muita alegria que a RetroPunk publicações anuncia o retorno de Castelo Falkenstein através de um financiamento coletivo que compreende o livro básico e seus suplementos.

Após o ótimo retorno que tivemos com o financiamento de Lankhmar, os descontos no primeiro dia de financiamento e o apoio de oportunidade (Raptado por magia) se tornaram tradições da RetroPunk. Aproveite as condições do financiamento deste incrível projeto.

Metas

Livro Básico e Comme Il Faut (Físico e PDF) – R$ 20.000 – Quando essa meta for alcançada, lançaremos os dois livros, o básico e o guia do jogador. O Livro Básico de Castelo Falkenstein tem 226 páginas (128 coloridas + 98 p&b) em papel couchê e capa dura. O Guia do Jogador Comme Il Faut tem 130 páginas (p&b) e capa mole.
Livro dos Sigilos (PDF) – R$ 26.000 – Quando essa meta for alcançada, lançaremos o Livro dos Sigilos em PDF.
Livro dos Sigilos (Físico) – 32.000 – O Livro dos Sigilos ganha o formato físico.
Era do Vapor (PDF) – R$ 38.000 – Quando essa meta for alcançada, lançaremos Era do Vapor em PDF.
Era do Vapor (Físico) – R$ 44.000 – Era do Vapor ganha o formato físico.
Memórias de Auberon da Feéria (PDF) – R$ 50.000 – Quando essa meta for alcançada, lançaremos Memórias de Auberon da Feéria em PDF.
Memórias de Auberon da Feéria (Físico) – R$ 56.000 – Memórias de Auberon da Feéria ganha o formato físico.
Os Cadernos Perdidos de Leonardo da Vinci (PDF) – R$ 62.000 – Quando essa meta for alcançada, lançaremos Os Cadernos Perdidos de Leonardo da Vinci em PDF.
Os Cadernos Perdidos de Leonardo da Vinci (Físico) – R$ 68.000 – Os Cadernos Perdidos de Leonardo da Vinci ganha o formato físico.
Revólveres & Feitiçaria (PDF) – R$ 74.000 – Quando esta meta for alcançada, lançaremos Revólveres & Feitiçaria em PDF.
Revólveres & Feitiçaria (Físico) – R$ 80.000 – Revólveres & Feitiçaria ganha o formato físico.

Níveis de Apoio

Magista Digital: Livro Básico de Castelo Falkenstein + Comme Il Faut (Ambos em PDF Apenas) – R$ 30,00
Hussardo Dia Um: Livro Básico de Castelo Falkenstein (Físico + PDF) – dia 1 R$90,00
Hussardo: Livro Básico de Castelo Falkenstein (Físico + PDF) – demais dias R$ 120,00
Pixie Dia Um: Comme Il Faut (Físico + PDF) – dia 1 R$ 50,00
Pixie: Comme Il Faut (Físico + PDF) – demais dias R$ 75,00
Lorde Feérico Dia Um: Livro Básico de Castelo Falkenstein + Comme Il Faut (Físico + PDF) – dia 1 R$ 130,00
Lorde Feérico: Livro Básico de Castelo Falkenstein + Comme Il Faut (Físico + PDF) – demais dias R$ 175,00
Doppleganger: Troca (Físico apenas) – ~~R$70,00~~ R$50,00

*Baixamos o valor porque o financiador terá que arcar com dois fretes, o do envio para a Retropunk e o do envio do livro novo.

Você troca o seu livro básico de Castelo Falkenstein antigo (Devir) por um novo. Esse valor não é válido para as recompensas do primeiro dia, mas se você fizer a troca no dia 1, também ganha um mapa da Nova Europa em papel formato A3. Cabe ressaltar que a responsabilidade do envio do livro a ser trocado é por conta do apoiador e que o livro novo só será enviado após o recebimento do mesmo.

Membro do Segundo Pacto Dia Um: Luva – dia 1 R$ 250,00
Membro do Segundo Pacto: Luva – demais dias R$300,00

Luva contendo o Livro Básico, Comme Il Faut, um encarte com as principais regras do jogo e um mapa de pano da Nova Europa, além dos PDFs do Livro Básico e de Comme Il Faut. Somente esse nível de apoio dá direito as metas extras a serem liberadas (PDFs e Físicas). ~~A luva aumentará de tamanho conforme as metas forem alcançadas~~. Haverá uma luva para o livro básico e uma segunda luva para os suplementos que tiverem suas metas batidas, sendo essa segunda luva entregue juntamente com o último livro.**

**Fizemos essa mudança porque só poderíamos fazer a luva no final do projeto. Desta forma teremos uma luva entregue juntamente com o Falkenstein e uma segunda luva para os suplementos a serem liberados pelas metas extras.

Raptado por Magia – R$100,00

Esse nível de apoio é o nível de oportunidade deste financiamento. Haverá somente 1 (um) disponível que dá direito a luva e todas as metas extras.

Financiamento e Entrega

Nossa ideia inicial é entregar os dois primeiros livros em dezembro de 2018. Considerando que ambos estão traduzidos e começando o processo de diagramação, isso não deve ser um problema!

Se alcançarmos as metas, lançaremos um livro a cada 6 (seis) meses. Isso soma dois anos e meio de suporte à linha. Pretendemos focar no lançamento do material original da R.Talsorian Games, mas os suplementos da Fat Goblin Games são cogitados para o futuro.

O financiamento começa no dia 05 de março, às 8hrs.

20 de fevereiro de 2018

Vilão da Semana: Garra Sônica

Hoje começamos uma série de artigos no site da RetroPunk chamada Vilão da Semana. Você também pode chamar de: Meu Vilão Favorito! O primeiro deles, Ulysses Klaw – o Garra Sônica, vem do universo Marvel e aparece no filme de origem do Pantera Negra. Então, utilize o Garra Sônica em sua aventura de Savage Worlds e não esqueça do Compêndio de Superpoderes de Savage Worlds, essencial para suas aventuras com super-heróis.

Garra Sônica

Histórico

Ulysses Klaue é um traficante de armas que operava principalmente na África do Sul. Ele chegou a trabalhar com Tony Stark na época que a Stark Entrerprises vendia armas. Anos atrás, roubou uma grande quantidade de vibranium e tecnologia da nação de Wakanda. Esse vibranium foi vendido para o robô Ultron, mas durante a negociação Klaue perdeu um braço. Ele substituiu esse braço por uma prótese, que inclui uma ferramenta de mineração de vibranium.

Personalidade

Klaue é um homem mesquinho e ganancioso. Ele se porta com o desdém pela vida de quem está há décadas no submundo. Ele é muito arrogante, sempre se colocando acima dos outros, o que muitas vezes causa problemas quando ele zomba daqueles mais poderosos que ele. Em situações de ação, ele planeja meticulosamente como todo criminoso veterano. Porém, ele tem uma tendência a apreciar um pouco demais a destruição que causa, ficando eufórico diante do dano colateral de sua garra sônica.

A Garra

A prótese de Klaue pode se abrir para os lados, revelando o canhão sônico que abriga. Essa ferramenta é capaz de disparar ondas sônicas, fortes o bastante para destruir um carro de uma só vez. As vibrações do som também podem desativar dispositivos baseados em vibranium temporariamente.

Usando Klaue

O uso mais corriqueiro de Klaue é como elemento surpresa em qualquer situação de tráfico de armas. Em vez de um traficante padrão, alguém com um canhão sônico oculto pode surpreender os jogadores. Além disso, pode servir como ponte para levar uma aventura mais pé no chão para o lado da ficção científica típica de quadrinhos de super-heróis. Ele funciona melhor acompanhado de capangas, pelo menos um para cada herói.

Estatísticas

Nome: Ulysses Klaue

Estágio: Experiente

Nível de Poder: Quatro Cores (45 pontos de poder)

Atributos: Agilidade d6; Astúcia d8; Espírito d8; Força d6; Vigor d8

Movimentação: 6; Aparar: 9; Carisma: +2; Resistência: 6

Complicações: Excesso de Confiança, Inimigo (Wakanda), Monólogo

Vantagens: Antecedente Arcano (Superpoderes), Atirador, Carismático, Comando, Conexões, Duro de Matar, Inspirar, Ladrão, Nervos de Aço, Obstinado, O Maioral Chegou

Perícias: Arrombar d6, Atirar d10, Conhecimento (Wakanda) d8, Consertar d8, Dirigir d8, Escalar d6, Furtividade d6, Intimidar d10, Jogar d8, Lutar d8, Manha d10, Perceber d8, Persuadir d8, Pilotar d6, Provocar d10.

Equipamento: canhão sônico, armas de fogo tradicionais

Poderes:

Ataque Longa Distância (20): Dano 5d6, Modelo de Cone, Arma Pesada, Perfurante de Armadura, Dispositivo
Absorção (6): som, necessita de ativação, reflexão, dispositivo
Anular (4): ataque de longa distância, dispositivo, limitação (somente contra tecnologia de vibranium)
Aparar 3 (15): defletir

Nos Quadrinhos

Garra Sônica nos quadrinhos é um personagem bem diferente. Ele anglicizou o próprio nome para Ulysses Klaw. Durante uma tentativa de roubar vibranium de Wakanda, ele foi impedido pelos esforços combinados do Quarteto Fantástico e do Pantera Negra. Isso o transformou numa criatura de som vivo.

Ele também é um físico e inventor, especializado no campo de som.

Para cobrir as estatísticas de Klaw, aumente sua Astúcia para d10, adicione a perícia Conhecimento (som) d12 e os poderes Construto, Controle de Energia (som) e Controle de Matéria (som sólido; Construtos, Necessita de Material), elevando-o ao nível Peso Pesado.

7 de fevereiro de 2018

Pantera Negra em Savage Worlds e promoção Wakanda Selvagem

T’Challa — Pantera Negra (versão MCU)

Fonte original: http://savagemcu.blogspot.com.br/

Um dos destaques de Capitão América: Guerra Civil, o Pantera Negra é um dos heróis mais badass do universo Marvel. Apesar de ter tido um papel de apoio em Guerra Civil, T’Challa ganhará destaque depois de seu filme solo, com lancamento para o dia 15/02.

Nome: T’Challa
Raça: Humano
Experiência: 60 (Heroico)
Nível de Poder: Peso Pesado (60 PP)
Atributos: Agilidade d12; Astúcia d10; Espírito d8; Força d12+2; Vigor d8
Movimentação: 6; Aparar: 10; Carisma: +2; Resistência: 21 (12)
Complicações: Leal, Excesso de Confiança, Implacável (Menor), Vingativo (Maior).
Vantagens: Antecedente Arcano (Superpoder), Prontidão, Corajoso, Nobre, Podre de Rico, Reflexos de Combate, Contra-Ataque, Esquiva Aprimorada, Artista Marcial Aprimorado, Instinto Assassino, Lutar com Duas Armas, Acrobat, Focado, Traceur, Frenesi.
Perícias: Lutar d12+2, Intimidar d10, Perceber d8, Persuadir d6, Pilotar d8, Furtividade d10.
Eqipamento: Traje do Pantera.
Poderes:

Armadura +12 (12): Hardy, Heavy Armor. Aparelho (–1, Traje de Pantera feito de Vibranium).
Ataque corpo a corpo (8): Dano For+d6, PA 6, Escalar, Arma Pesada, Múltiplos Ataques. Aparelho (–1, Traje do Pantera). (Garras de Vibranium)
Saltador (1): Pode saltar 2 quadros verticalmente ou 4 quadros horizontalmente.
Velocidade (4): Movimentação 24, –1 para acertar.
Super Atributo (18): Agilidade +3, Astúcia +1, Força +4, Vigor +1.
Super Vantagem (12): Reflexo em Combate, Contra-Ataque, Esquiva, Instinto Assassino, Artista Marcial, Lutar com Duas Armas.
Super Perícia (2): Lutar +2.
Resistência +3: Fisiologia melhorada.

Nova Vantagem (Não Oficial): Traceur

(fonte: Savagepedia – https://savagepedia.wikispaces.com/Unofficial+Professional+Edges)

Requisitos: Novato, Agilidade d8+, Força d8 +, Escalar d6+
Traceurs (ou Tracers) são profissionais da arte de Parkour, uma atividade com o objetivo de se deslocar de um ponto a outro de forma tão eficiente e rápida quanto possível, usando principalmente todas as habilidades do corpo humano. Traceurs são treinados para superar quaisquer obstáculos – característica arquitetônica ou natural no meio ambiente – enquanto se movem. Traceurs são igualmente confortáveis em um ambiente natural qaunto em áreas urbanas.
Os Traceurs não são prejudicados pelo Terreno Acidentado. São sempre capazes de deslocar sua Movimenação total, independente do terreno. Traceurs obtém um bônus de +2 em qualquer teste de Força para Saltar em altura ou a distância. Eles ainda recebem um bônus de +2 em qualquer teste de Agilidade em relação ao movimento artístico e rápido, e ao uso dos arredores (saltando pela abertura de uma janela, saltando de uma borda estreita para outra, etc.). Como alpinistas experientes e rápidos, eles também conseguem +2 para testes de Escalar.

Wakanda

Wakanda é a nação africana ficcional governada por T’Challa (Pantera Negra). Uma nação de costumes ancestrais, repleta de tecnologia avançadíssima. Em Wakanda encontram-se as maiores jazidas de vibranium, o metal capaz de absorver energia e som, usado também na composição do adamantium.

Sua localização exata varia ao longo da história do personagem: algumas fontes colocam Wakanda na África Oriental, ao norte da Tanzânia, enquanto outras, mostram a fronteira com o Lago Turkana , perto da Somália, Quênia e Etiópia. No filme Capitão América: Guerra Civil, Wakanda é mostrada no mapa, ao extremo norte do Lago Turkana, em um ponto que faz fronteira com a Etiópia, Sudão, Uganda e Quênia.

No passado distante, um meteorito maciço composto pelo mineral vibranium caiu na região da atual Wakanda. Sabendo que outros tentariam manipular e dominar Wakanda por esse recurso raro e valioso, os regentes anteriores a T’Challa (seu pai e seu tio, que também foram o Pantera Negra, antes dele) escondem seu país do mundo exterior. Vendem quantidades mínimas do metal, e ao mesmo tempo, enviam seus melhores estudantes para as melhores universidades do mundo. Com o tempo, Wakanda tornou-se uma das nações mais tecnologicamente avançadas do mundo.

O isolacionismo de Wakanda fez com que sua tecnologia se desenvolvesse independente do resto do mundo. Por isso, os cientistas de Wakanda possuem filosofias e metodologias diferentes, e muitas vezes incompatíveis com equipamentos convencionais. Por exemplo, a tecnologia da informação em Wakanda é muito mais poderosa do que no resto do mundo, e assim, imune a hackers externos, pois não se baseia em lógica binária. O uso frequente do vibranium também ajudou no desenvolvimento científico e tecnológico de Wakanda.

Para comemorar o lançamento de Pantera Negra nos cinemas, preparamos a promoção: Wakanda Selvagem para Savage Worlds (válida até 20/02/2018). Um pacotão com o Livro de Regras, Compêndio de Superpoderes e Kit do Mestre (escudo, grids, modelos de explosão e aventuras rápidas), por um preço digno de heróis benfeitores! Confira em nossa loja: bit.ly/wakandaselvagem

Aproveite a visita para comprar seu Baralho de Aventura de Savage Worlds que está em pré-venda e com desconto: bit.ly/baralhoSW

5 de fevereiro de 2018

As regras do Grande Jogo

As regras de Castelo Falkenstein são mais leves do que aparentam. Se em um primeiro momento, a ideia de jogar RPG sem dados assusta (ao menos assustava em 1994, quando o jogo foi lançado), na prática a coisa é bem mais simples do que parece.

Nesse texto abordaremos as regras, como criamos personagens no jogo e a mecânica central de Castelo Falkenstein.

Criação de Personagem

A primeira grande diferença na criação de personagens em Castelo Falkenstein, em relação a outros jogos, é que ele não usa fichas de personagem. Você pode até usar, para facilitar visualmente, mas recomenda-se o uso de diários de personagem.

No diário, você poderá registrar as habilidades do seu personagem. Esses são seus talentos, capacidades e perícias. As habilidades são “medidas” com os adjetivos: Fraco, Médio, Bom, Ótimo, Excepcional e Extraordinário, que terão valores associados com incrementos de 2 em 2, indo até 12.

Todo personagem deve começar com uma habilidade Ótima, quatro habilidades Boas e uma Fraca. Além disso, todas as habilidades que ele não seleciona são consideradas médias. Personagens feéricos, magos e até mesmo dragões são plenamente possíveis, mas eles seguem algumas outras particularidades e têm outras habilidades.

Mecânica Central

Como falado anteriormente, Castelo Falkenstein usa cartas ao invés de dados para resolver situações. No livro, Olam justifica isso alegando que dados são algo atípico no período, mais próprios para vagabundos e rufiões. Nas cortes, onde Olam encontra a maioria de seus amigos, dados não seriam bem recebidos. Cartas, por outro lado, são jogadas o tempo todo, sendo muito próprias dos nobres. Na prática, é um caminho para justificar o uso de cartas segundo o “lore” do jogo.

Cada carta tem um valor numérico associado. As cartas numeradas representam o valor nominal, os valetes: 11, as damas: 12, os reis: 13, os ases: 14 e os curingas: 15, mas não é só o valor das cartas que importa, seus naipes também. Cada naipe é apropriado para um tipo de ação: copas para ações emocionais, ouros para mentais, paus para físicas e espadas para sociais.

Você saca uma quantidade de cartas determinada pelo Anfitrião, como é chamado o mestre em Castelo Falkenstein (geralmente 4), e pode jogá-las todas em um teste só. Essas cartas serão somadas ao valor atribuído à habilidade do personagem para se obter um valor final e superar uma dificuldade imposta pelo anfitrião.

Contudo, todas as cartas que não forem do naipe da ação em questão só contam como 1 ponto, mesmo que sejam cartas de figura. Apenas o curinga pode ser usado em qualquer tipo de ação. Existem também testes opostos, onde o vencedor é quem obtiver o melhor resultado e a margem de sucesso faz diferença.

Vale ressaltar que o Anfitrião pode controlar o fluxo narrativo do jogo com a quantidade de cartas compradas e o modo de usá-las. Em um jogo com mais ação, por exemplo, ele pode permitir que se compre cartas logo depois de um teste ser resolvido, mesmo que ainda lhe sobrem cartas na mão. Em um jogo com um conceito de gerenciamento de recursos, por outro lado, ele pode permitir a compra apenas depois que todas as cartas da mão forem gastas. No fim, depende muito do Anfitrião e da proposta do jogo.

O Anfitrião também tem suas cartas, ele as usa para os vilões ou para aumentar a dificuldade de um determinado teste. O combate funciona como um teste oposto, e a quantidade de dano é medida pela margem de sucesso.

Magia

O sistema de magia funciona do mesmo modo que o sistema em geral, mas usa um baralho diferenciado, o baralho de magia.

Para lançar uma magia, o mago usa sua habilidade Feitiçaria e vai sacando cartas a cada 2 minutos de tempo de jogo, “acumulando energia”, para a magia. Aqui os naipes também influenciam; eles ditam o tipo de magia que pode ser lançada e vários fatores como alvo, distância e tipo de magia, influenciam na dificuldade para lançá-la.

O sistema de jogo é realmente simples e Castelo Falkenstein foi um dos precursores do uso de outras ferramentas, que não os dados, na mecânica central de um RPG.

No próximo texto falaremos do projeto de Castelo Falkenstein, dando todos os detalhes de como faremos o financiamento. ?

30 de janeiro de 2018

Hora de Horror

Usando elementos de horror em seus jogos de Hora de Aventura

Pode parecer estranho relacionar horror com um desenho que tem classificação indicativa de 12 anos. Assistindo Hora de Aventura, porém, podemos perceber o uso constante de elementos típicos de histórias de horror e terror. Eles vão desde os óbvios, como criaturas monstruosas e referências aos mitos de Lovecraft, aos mais sutis, como o questionamento existencial e a inevitabilidade da morte. Um desenho que apresenta a humanidade como zumbis radioativos pode facilmente ser pesado, triste e assustador, não?

Absurdo como defesa

A palavra chave aqui é “pode”. Embora certamente fosse possível usar a abordagem de Hora de Aventura para histórias de horror clássico, não foi esse o caminho tomado pelo desenho e exatamente por isso, também não é o caminho sugerido pelo RPG.

Para permitir o uso de elementos tão assustadores como os medos adultos que são esporadicamente abordados em Hora de Aventura, os autores usam o colorido e o absurdo que são tão característicos do mundo de Ooo para suavizar o impacto (se não, a estranheza) dos temas e criaturas apresentados.

Um bom exemplo de como a remoção desses elementos pode ser perturbador aparece na arte de Dan LuVisi. Ele reimagina cultura pop de formas assustadoras. Uma de suas obras mais famosas é uma visão de Finn que trata o estilo visual de Hora de Aventura por um viés mais realista, além de incluir sangue. Se não assustador, o resultado é no mínimo, inquietante.

Horror x Terror

Diante da sugestão da omissão de elementos de terror em jogos de Hora de Aventura, não seria ilógico levantar um questionamento. Afinal, os personagens do desenho não ficam apavorados de tempos em tempos?

O medo que Finn tem do oceano é um bom exemplo de como essa situação é abordada no desenho. Embora o medo seja tratado de forma séria entre os personagens, o fato do herói estar tão apavorado é suavizado pelo absurdo de sua expressão e com a tranquilidade com que Jake lida com a situação. O tema recorrente das situações de horror no desenho não é de assustar a audiência. Embora os personagens possam estar assustados (apavorados, até), a reação esperada da audiência é de risada, surpresa ou ligeira inquietação – mas não de medo.

Devendra Varma, estudioso do gótico e do macabro, diferencia horror de terror. Ele definiu terror como o sentimento de medo e expectativa que precede a experiência horrível. Horror, por sua vez, é o sentimento de repulsa que geralmente ocorre depois que algo assustador é visto, ouvido ou experimentado. Dessa forma, mesmo que os personagens estejam em situações do mais intenso terror, a audiência no máximo é exposta a um leve horror (na maioria das vezes, nem isso).

Nada é mais assustador

Deixar descrições em aberto e permitir que os jogadores preencham as lacunas atinge o requisito de mantê-los no estado de horror. Acontece que, para jogos de Hora de Aventura, isso não é o bastante. Casos em que os jogadores fiquem até mesmo inquietados por situações de horror devem ser raros, anunciados com antecedência e devem contar com o consentimento de todos os envolvidos.

A mente humana pode preencher o vazio das descrições de forma assustadora. A expectativa do que espreita no desconhecido, por si só, pode ser assustadora. É nesse momento que é importante para o mestre lembrar-se da forma como os elementos de horror são utilizados no desenho. Lembre-se, é através do absurdo e do humor que as coisas mais assustadoras se tornam risíveis. Então, um monstro cheio de tentáculos pode ser rosa-choque com bolinhas laranjas. Um fantasma pode oferecer jujubas coloridas e falar com um forte sotaque mineiro. Cada elemento assustador precisa de um contraponto engraçado que possa suavizá-lo. Se isso não for ocorrer, planeje adiante, lembre-se de ter o consentimento de todos os jogadores (ou de seus responsáveis, se forem crianças) e siga em frente. Um bom susto pode ser bastante divertido.

Tristeza existencial

Se um adulto desavisado assiste alguns dos capítulos sobre o passado do Rei Gelado, ele pode acabar triste de verdade. O que, para as crianças pode parecer uma justificativa para que Finn e Jake não peguem tão pesado assim com um vilão recorrente, acaba parecendo para um adulto, com uma história sobre sacrifício, senilidade e a inevitabilidade da morte.

Medos adultos e questões filosóficas como essa são tão emblemáticas de Hora de Aventura quanto doces, espadas e princesas. Embora elas surjam como consequência das histórias e sejam frequentemente sutis, elas permeiam todas as ações dos personagens em Ooo.

Abordar esse tipo de situação, curiosamente, não exige grande esforço do mestre. Bastar seguir as indicações presentes no livro de regras e jogar com os adultos. Dê tempo para seus jogadores e eles vão começar a questionar, sozinhos, tudo o que compõe o cenário das formas mais deprimentes possíveis. Como mencionamos antes, a mente humana preenche o vazio.

Se alguma situação dessas deixar algum jogador para baixo, tente mudar o clima com uma situação engraçada e absurda. Ataques de homens-fruta incompetentes vestidos de ninja pode funcionar bem. Um pouco de contemplação pode ser interessante, mas passar tempo demais nisso esvazia o jogo de seu dinamismo e animação.

Conclusão

Tanto o desenho, quanto o RPG de Hora de Aventura contam com elementos de horror e terror. Porém, o desenho conta com todo um aparato visual que o RPG não consegue reproduzir. Utilizar esses elementos da mesma forma que aparecem no desenho requer sensibilidade, cuidado e atenção.

29 de janeiro de 2018

A coleção de Castelo Falkenstein

A linha de livros de Castelo Falkenstein pode ser dividida em dois momentos; o primeiro com os lançamentos originais da R.Talsorian Games e o segundo com a revitalização da linha e os novos lançamentos da Fat Goblin Games.

R.Talsorian Games

Castle Falkenstein – Castelo Falkenstein

O livro básico existe em duas versões, uma em capa dura e outra com capa comum. Possui cerca de 230 páginas e uma estrutura diferenciada com o formato de uma novela, detalhando o enredo de como Tom Olam vai parar na Nova Europa e seu envolvimento com Oberon (o rei das fadas), o mago Morrolan e a corte de Luís II. Ainda no livro principal, encontramos o conjunto básico de regras, além do cenário e estilo de vida na Nova Europa, constituindo o essencial para a experiência em Castelo Falkenstein.

Este livro foi lançado no Brasil em meados da década de 90, pela editora Devir, e infelizmente não teve nenhum de seus suplementos lançados.

Comme Il Faut (All things right and proper) – Como Convêm (Todas as coisas de modo correto e apropriado)

Comme Il Faut é o “guia do jogador” de Castelo Falkenstein e segue o conceito de um guia de costumes típico do século XIX. Possui cerca de 130 páginas e aborda minuciosamente, de A a Z, tudo que o jogador deveria saber para jogar Castelo Falkenstein.

Ouso dizer que ele teria feito muito sucesso por essas bandas, se tivesse sido lançado. O livro sana todas as possíveis dúvidas sobre comportamento social, estilo de vida, ética e costumes, abordando e esclarecendo várias dúvidas sobre as regras. Conta com uma série de perguntas e respostas, além de fornecer ideias para regras alternativas.

Embora o livro básico seja o principal material da linha, o guia do jogador é tão detalhado e bem escrito que torna a experiência de jogo mais rica e interessante. É um livro essencial para quem quer entender como jogar e narrar Castelo Falkenstein.

Book of Sigils (também conhecido como Savile Manuscript) – Livro dos Sigilos* (ou o Manuscrito de Savile)

*NT: Sigilo é uma espécie de símbolo mágico.

Um manuscrito ultra secreto (tão secreto, que o editor se recusa a dizer como o conseguiu) que detalha a magia na Nova Europa. Livro essencial para magos, adeptos, arcanistas e até mesmo para os temidos necromantes.

Para jogadores que desejam criar personagens dramáticos adeptos da magia, o livro detalha as várias ordens da Nova Europa, apresenta novas ordens em relação ao livro básico, além de novas magias, livros mágicos e regras para criar magia.

Steam Age – Era do Vapor

Este livro é um catálogo das grandes invenções da era do vapor de Castelo Falkenstein. Possui o formato do magazine Popular Invention (Invenções Populares) e é uma espécie de revista científica/catálogo que traz as principais e mais magníficas invenções, além de entrevistas com seus respectivos inventores.

Memoirs of Auberon of Farie – Memórias de Oberon das Fadas

O livro de memórias de Oberon (o Rei das Fadas) é basicamente um tratado sobre as fadas. Ele serve como guia de campo sobre a história das fadas e de sua origem. Além disso, expande as regras para personagens feéricos.

The Lost Notebooks of Leonardo da Vinci – As Notas Perdidas de Leonardo da Vinci

Quando viajou para a Nova Europa, Tom Olam levou um livro contendo várias notas e projetos de Leonardo da Vinci. Tais projetos, misturando magia e tecnologia, mudaram o curso do mundo. O livro apresenta essas notas, os projetos e a filosofia de Da Vinci, assim como as regras para a criação de motores mágicos.

Six Guns & Sorcery – Revólveres & Feitiçaria

O relato original de Olam fala da Nova Europa, mas como seria a América do Norte no mudo de Falkenstein? Six Guns narra a viagem de Olam para a contraparte “falkensteiniana” de sua terra natal, um velho oeste repleto de magia e de pistoleiros. É um guia abrangente sobre a América do Norte e suas particularidades, trazendo informações sobre locais, novas ordens mágicas e até mesmo regras para duelos com armas de fogo.

Essa lista encerra a coletânea lançada pela R.Talsorian Games. Digno de nota: também foi sublicenciada uma versão de Castelo Falkenstein para Gurps, com um livro básico: Gurps Castle Falkenstein e um suplemento: Otoman Empire. Vale mencionar também, a aventura Glass Mountain, originalmente publicada na Pyramid Magazine e que envolve Dom Pedro.

Fat Goblin Games

Em 2016, a Fat Goblin Games adquiriu os direitos para produzir novos suplementos e conteúdo para Castle Falkenstein. As regras básicas continuam as mesmas e os novos lançamentos são plenamente compatíveis. Esse foi um meio de revitalizar a linha sem ter que criar um novo livro de regras.

Curious Creatures – Criaturas Estanhas

Primeiro livro original lançado em anos para Castelo Falkenstein. Curious Creatures é um bestiário contendo criaturas de todos os cantos da Nova Europa, desde as selvas da África até os telhados de Londres. Apresenta novas bestas fantásticas, regras, raças disponíveis para personagens e é claro, dinossauros!

Babbage’s Engine – Máquina de Babbage

Uma aventura ambientada no trem mais moderno do mundo, o Duchess Elizabeth, operado pela fantástica máquina de Charles Babbage.

Firearms & Margarine: An Adventure Entertainment – Armas de Fogo & Margarina: Uma Aventura

Uma aventura investigativa sobre a morte de um líder trabalhista feérico que os personagens terão que investigar.

The Black Lady of Brodick Castle: An Adventure Entertainment – A Dama Negra do Castelo Brodick: Uma Aventura

Um fantasma começa a assombrar o Castelo Brodick na Escócia e cabe aos personagens, desvendar este mistério.

Série Variations: The Ability Variations, The Tarot Variation, The Second Tarot Variation & The Feat Variations – Série Variações: Habilidades, Tarô, Segunda Variação de Tarô e Feitos

Esta série de livros digitais menores apresenta variações e regras alternativas para Castelo Falkenstein.

Esses são os lançamentos da Fat Goblin Games até o momento.

Vocês devem estar se perguntando se iremos lançá-los. No momento, basta dizer que nossa prioridade é lançar toda a linha original da R. Talsorian Games. Posteriormente, pensaremos em lançar o material da Fat Goblin Games.

No próximo artigo abordaremos as regras e aspectos da criação de personagens em Castelo Falkenstein.

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