CIty of Mist Ed. Brasileira: Entenda o que é o Guia da MC!
Em City of Mist, a Mestre de Cerimônias tem as funções de anfitriã, árbitra e narradora do jogo. O Livro de Ferramentas esclarece no que consistem esses papéis e fornece recursos que a auxiliam a exercê-los, preparando e narrando os casos para os outros jogadores. Para você conhecer melhor esse título, apresentamos para uma breve descrição do que é desenvolvido em cada um dos três capítulos do guia:
Capítulo 1: “Os boatos nas ruas – sobre a Cidade das Brumas”
Esta seção do livro é dedicada a um componente tão importante e vívido quanto cada uma das personagens da Galera: a própria Cidade das Brumas. Nele, somos apresentados a bairros que podem ser utilizados como locações no jogo e pontos de interesse e personagens peculiares que podem ser encontradas em cada uma dessas localidades, e que podem adicionar sabor e personalidade à sua Cidade. Andando pelos becos do Centro da Cidade, você pode acabar batendo um papo muito doido com Alice (a do País das Maravilhas mesmo), mas cuidado pra não aceitar nenhuma bebida dela! No Bairro do Proletariado, uma tijela da sopa que a Jó serve na sua lanchonete deve ser suficiente pra te deixar tranquilo. Pelas praças do Bairro Histórico a Velha Mirna pode te lançar uma maldição ou te dar um talismã para proteção, quem sabe?
Capítulo 2: “Nos bastidores – como criar e conduzir casos”
Aqui nos debruçamos sobre os elementos mecânicos do sistema. As ações da MC são destrinchadas em detalhes e também há dicas gerais para construção de arcos de história curtos ou longos. Além disso, são apresentadas instruções para a construção de um caso com estrutura típica em iceberg: um caso em City of Mist é construído em camadas com personagens e localidades que levam umas às outras, com a investigação iniciando nas camadas mais superficiais e indo em direção às mais profundas. Essa estrutura mantém seu jogo organizado preservando a autonomia dos jogadores, que podem tomar as ações mais inusitadas e ainda assim não perderem nenhuma pista essencial para o caso.
Capítulo 3: “Essa cidade é MINHA! – Sobre perigos e Avatares”
Aqui somos primeiramente apresentados à criação de perfis de perigo, ou seja: aprendemos a criar fichas para antagonistas em City of Mist, que serão usadas em confrontos – sejam eles de natureza física ou não. Além disso, neste ponto o livro também traz alguns exemplos de Avatares: personagens que abriram caminho para que seu Mythos dominasse suas vidas e que comandam grandes esquemas dentro da cidade, como Anatoli Vidales, Avatar de Hades, o deus grego do submundo. Este Avatar criou uma enorme rede envolvendo vivos, moribundos e mortos com o objetivo de trazer cada vez mais almas para o submundo, por meio de chantagens, manipulação e acordos. Qualquer personagem cujo Mythos esteja envolvido com a morte ou o submundo pode fazer parte de sua operação!
Após esse mergulho em ferramentas e mecânicas muito úteis, o livro traz um caso como exemplo, “Apostando com a Morte”, onde tudo que foi apresentado até então pode ser colocado em prática pela MC. A forma como o livro se comunica é simples e a combinação entre a riqueza de ferramentas trazida para o universo de jogo e o detalhamento estrutural do sistema garante amparar narradores com qualquer nível de experiência neste sistema e em RPG, em geral.
Seja você jogador(a) ou a Mestre de Cerimônias, esse livro é a pedida certa para quem quer ampliar ainda mais a experiência cinematográfica de jogar City of Mist!