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21 de novembro de 2019

Monstro: O Homem Torto

Por Mikka Capella

Salve, salve, seus furiosos! Tudo bem?

Hoje é dia de separar a capa de chuva, um par de galochas e aquela sombrinha marota… O tempo está fechando e há previsão de fortes tempestades, porque nós vamos falar do Homem Torto.

Se você leu o meu artigo da semana passada na coluna Ganchos, já sabe do que estou falando – o vilão assustador e misterioso de Criando Dion, uma série disponível na Netflix para a sua comodidade.

Vou logo avisando: não gosta de spoiler? Então para por aqui! Vá na cozinha, beba uma água, faça umas pipocas e dê uma maratonada na série antes de continuar… porque vai cair um temporal de spoilers aí embaixo! (não, eu não resisto a um trocadilho!)

UMA CRIATURA DE TEMPESTADE

Nosso primeiro contato com o Cabeça de Raios acontece quando Nicole, desesperada após descobrir os superpoderes de Dion, não sabe mais o que fazer e leva o moleque para um chalé isolado à beira do lago. Sua intenção é ensinar ao garoto a usar seus superpoderes (ainda que ela não faça a menor ideia de como fazer isso) pra ver se ele para de causar desastres. Naquela mesma noite, eles são surpreendidos por uma tempestade inesperada. Nicole escuta Dion chamá-la e, quando ela o encontra, ele está do lado de fora, no meio da chuva, cercado por fantasmas, entre eles seu pai.

No dia seguinte, um policial bate à porta do chalé. Durante a tempestade, uma moça desapareceu. O tira pergunta à Nicole se ela conhecia a desaparecida ou se havia visto alguma coisa suspeita durante a noite. “Err, fantasmas servem, policial?” Mas é claro que ela não disse nada…

Neste ponto, nós ainda não sabemos, mas tanto a tempestade quanto as aparições fantasmagóricas são um sinal da presença da criatura que, mais tarde, Dion chamará de Homem Torto.

O Homem Torto é uma coisa difícil de discernir. Ele tem uma forma humanoide, eu acho. Na verdade, está mais para uma silhueta, uma escuridão antropomórfica – e enorme – que se delineia entre descargas elétricas, relâmpagos. Na realidade, poderíamos dizer que ele é a própria tempestade. Uma tempestade consciente – e bastante saliente também.

CHUVA CÓSMICA… COM UMA PEGADINHA

Vocês estão lembrados da chuva cósmica que deu poderes inexplicáveis ao pai de Dion (e às outras pessoas também, tutupom)? Nós a chamamos de Evento X e, não, não se trata de um conceito da série, é invenção minha mesmo. Acontece que o mesmo evento que deu poderes a uns ferrou a vida de outros.

Pat Rollins, o amigo-da-onça de Mark (pai do Dion), também foi afetado, mas de uma forma diferente. Ele não ganhou poderes, exatamente; ganhou uma fome terrível que, pouco a pouco, vai consumindo o seu corpo, a sua vitalidade. Trata-se de uma espécie de doença, para a qual o único remédio é consumir as pessoas afetadas pelo Evento X; possivelmente a energia que alterou o DNA delas e lhes deu superpoderes. É, porém, um paliativo. Apenas retarda o inevitável e Pat Rollins sabe disso.

Quando ele assume a forma do Homem Torto, perde a autonomia. Apenas seus instintos lhe guiam, ele não é mais capaz de controlar – ou de dosar – os próprios atos. Na verdade, até mesmo transformar-se no Homem Torto não é algo que dependa de sua vontade, de maneira que a tentativa de evitar a transformação exige um esforço imenso da parte dele.

Ao contrário do que acontece com Mark, Dion e os outros, esses poderes não são do Pat. Mais tarde, descobriremos, inclusive, que Pat não é o Homem Torto, mas apenas um hospedeiro, uma roupa de carne para alguma coisa que veio à Terra junto com o Evento X.

UMA SUPER FOME!

Este é o verdadeiro superpoder do Homem Torto! Ele é um ser dotado de voracidade irrefreável; se não estiver devorando e digerindo os supers (ou a energia que lhes dá poder), devorará o próprio corpo do hospedeiro de dentro pra fora.

Por esse motivo, Pat Rollins parece estar bem e saudável apenas por algum tempo após ter consumindo alguém na forma do Homem Torto. Tão logo a “digestão” – se é que podemos falar assim – esteja terminada, ele começa a adoecer. Fortes dores de cabeça o acometem primeiro, depois ele começa a suar frio, ficar com febre e manchas escuras se espalham pelo seu corpo… Finalmente, chega um momento em que ele precisa encontrar outra pessoa afetada pelo Evento X ou sabe que acabará morrendo.

Na forma do Homem Torto, ele é uma silhueta gigante, uma sombra de aproximadamente vinte metros, cujos contornos se delineiam por relâmpagos que correm em várias direções. Uma forte tempestade o acompanha, sempre. O tempo se fecha completamente no raio de alguns quilômetros; há forte chuva e muito vento.

Apesar desse show de efeitos pirotécnicos, o Homem Torto não tem lá muitos poderes, apenas os raios; os mesmos raios que lhe delineiam a forma e que tanto podem eletrocutar vítimas comuns como desintegrar e consumir as superpoderosas.

Falando nos superpoderosos, seus poderes não parecem ajudar muito contra o Homem Torto, mas creio que isso se deva mais ao tamanho da criatura do que a uma suposta invulnerabilidade. Ele é resistente, mas não invulnerável.

Uma vez que tenha absorvido alguém, a consciência do pobre coitado parece sobreviver dentro do monstro, num tipo de limbo antropofágico, e é capaz de assumir uma forma espectral em suas aparições, na tempestade.

TEMPESTADES ASSOMBRADAS NA MESA

O Homem Torto é um antagonista que funciona muito bem em jogos de supers dentro dos ganchos propostos no artigo anterior.

Isso significa que você não pode usá-lo do jeito que quiser? Claro que não! A mesa é sua, monamú! Se você quiser usar o Homem Torto numa campanha de Cthulhu, por exemplo, eu vou te dizer: se joga!

No entanto, eu acho que existe certa genialidade nessa coisa da pegadinha, sabe?

A mesma coisa que te deu poderes, também te deu um algoz; um algoz contra o qual, é preciso dizer, seus poderes serão potencialmente inúteis. Na verdade, esse algoz está querendo comer você e os seus poderes! Sabe aquele lance de maldição disfarçada de bênção? Pois é! Na verdade, o Evento X te transformou numa suculenta refeição para uma criatura esfomeada!

E essa criatura pode ser um supervilão alienígena, como parece ser o caso em Criando Dion, ou uma entidade sobrenatural. Como já dissemos antes, seu jogo pode ter uma pegada pulp e heroica, ou ser uma experiência de horror, na qual os PJs não têm chances reais de vitória. Eu já disse que um jogo de horror com supers não é algo que se vê todo dia, né?

Enfim, sugestões à parte, o fato é que você pode (e deve, zé mané!) usar as ideias que damos aqui do jeito que achar melhor. Elas são exatamente isso: ideias. O objetivo é te ajudar.

Eu vou colocar aí em baixo uma ficha feita por mim (não sejam muito perfeccionistas, tá? Eu sou noob!) só para você usar como referência. Estou partindo das características do Homem Torto tal como elas aparecem na primeira temporada de Criando Dion, mas sintam-se livres para melhorar essa ficha do jeito que quiserem ou adaptá-la às suas próprias histórias e conceitos.

Pra dizer a verdade, eu vou ficar bastante contente se alguém tiver uma experiência bacana em mesa e depois me contar nos comentários!!! Xingar está liberado também, mas tenham respeito pela minha mãe, oh, cacete!

HOMEM TORTO – ESTATÍSTICAS

Lembrem-se, o Homem Torto usa um hospedeiro e se manifesta somente de vez em quando. Logo, é preciso ter uma ficha do hospedeiro, quem quer que seja ele, pois serão sempre dois personagens diferentes.

PAT ROLLINS

Atributos: Agilidade d6, Astúcia d8, Espírito d4, Força d6, Vigor d4
Perícias: Atletismo d4, Ciência d10, Consertar d10, Furtividade d4, Investigar d6, Perceber d8, Persuadir d8.
Carisma: +0; Movimentação: 6; Aparar: 2; Resistência: 4
Complicações: Ativação, Código de Honra, Doença Terminal
Vantagens: Antecedente Arcano (superpoderes).

HOMEM TORTO

Atributos: Agilidade d10, Astúcia d10, Espírito d12, Força d12+4, Vigor d12
Perícias: Intimidar d12, Lutar d10, Perceber d8
Carisma: +0; Movimentação: 10; Aparar: 7; Resistência 8
Complicações: Dependência (supers), Implacável (Maior)
Vantagens: Aguento o Tranco
Super Poderes:

Ataque de Longa Distância: o Homem Torto pode disparar relâmpagos contra seus adversários. Alcance 24/48/96, Dano 3d10, Modelo Médio de Explosão.
Forma Alternativa: Tempestade. Alcance (+3). Viscoso.
Tempestade: Aguaceiro. Trovão.

Características Especiais:

Tamanho +12: O Homem Torto aparece como um vulto de aproximadamente 20 metros de altura, delineado por raios.
Gigantesco: Ataques contra o Homem Torto recebem +6 de bônus para atacantes de tamanho Normal.
Medo: Ver o Homem Torto em sua forma de tempestade é horrível até para os mais corajosos. Defrontar-se com ele pela primeira vez exige em teste de Medo. Em caso de falha, o personagem estará Abalado.
Consumir: tudo o que o Homem Torto deseja é consumir o super e a energia, o que quer que seja, que lhe dá poder. Uma vez que um super esteja Abalado, o Homem Torto poderá usar seus raios para desintegrá-lo e absorvê-lo. Para evitar esse destino terrível, o herói precisa ser vitorioso em um teste resistido de Espírito.

14 de novembro de 2019

Gancho: Criando Dion

Por Mikka Capella

Salve, salve, selvagens! Tudo certinho?

Vamos partir da premissa que sim, não é mesmo? Se a gente está vivo, amanhã pode ser diferente… e, quem sabe, com superpoderes!

Já pensou? Mais um dia chato, você no escritório amargando um tédio danado, resolve tomar um cafezinho e, pimba! Deixou cair a caneca preferida do chefe! Qual não é a sua surpresa ao ver que, não mais que de repente, ao invés de se espatifar em mil pedaços, ela fica ali parada no ar, ao alcance das suas mãos.

Essa é mais ou menos a premissa de uma série que estreou no Netflix já faz um tempinho – mas eu sou lerdo e só estou te contando agora: Criando Dion.

Se você é do tipo que curtiria uma série de supers bem fora da caixinha, com um protagonista pimpolho (e muitas vezes pé no saco, é preciso dizer!), temperada com alguma comédia, ação e mistério, não perca mais tempo! Corre lá na nossa amiga vermelhinha e comece a assistir hoje mesmo. Porém, esteja ciente: no próximo parágrafo eu vou abrir a porteira e soltar uma boiada de spoilers… Então, se você não lida bem com isso, pare a leitura por aqui e volte mais tarde.

Depois não quero hate em cima de mim, heim!

DE REPENTE, SUPER!

A coisa toda começa assim, do nada mesmo. Nicole Reese é uma jovem e linda mulher que amava muito seu marido quando, de repente, toma uma rasteira da vida: fica viúva e tem que se virar nos 30 pra dar conta de criar sozinha o filho dos dois, Dion – o protagonista. Ela está lá, fazendo mil e um malabarismos pra lidar com todos os problemas quando seu garoto, simplesmente, em rompantes emocionais típicos de crianças, começa a fazer as coisas voarem pela casa.

Até aí parece coisa dos X-Men, não é mesmo? Esse moleque só pode ser mutante!

A questão é que no mundo de Dion não existe esse tipo de coisa. Não existem super-heróis, mutantes, etc. Pessoas não têm superpoderes. O mundo da série é exatamente como o nosso. Dion é uma anomalia.

Sem saber o que fazer, Nicole procura a ajuda de sua irmã Kat, uma médica em ascensão de carreira que é, aparentemente, a única pessoa que ela tem na vida. Quer dizer, tem também o Pat Rollins, um chato de galocha, que era amigo de trabalho do falecido marido de Nicole e deixa claro, desde o primeiro momento, que quer mais do que amizade da mãe de Dion. Mas ele não conta. Ela claramente não quer nada com ele e o cara é do tipo que não trabalha bem com rejeição e fica ali, de butuca, esperando um momento de fragilidade para dar o bote. No começo, ele até parece legal, mas depois se revela um grandessíssimo babaca!

Voltando à Kat, a irmã da Nicole, que é uma médica… Não preciso dizer mais nada, né? Ela acha que a irmã está pirada, cheirando alguma parada muito loka e querendo chamar atenção.

O protagonista do show, oficialmente, é o Dion (eu já falei que o moleque é chato para um caráleo?), mas é Nicole quem precisa, novamente sozinha, encontrar uma maneira de lidar com a situação e proteger o filho; porque, como se já não fosse o bastante, ela acaba descobrindo que a história da morte do marido está muito mal contada e aparece um monstro, uma criatura feita de tempestade – o Homem Torto – atrás de Dion e de outras pessoas como ele (sim, elas existem).

No fim, se vocês me permitirem uma singela opinião, eu achei genial essa brincadeira que a série faz. Dion é quem tem superpoderes, mas a verdadeira heroína é sua mãe.

O SEGREDO – MUTAÇÃO OU CHUVA CÓSMICA?

Se ainda não estava bom de spoiler pra você, se segura no touro que agora a parada vai ficar séria – é chuva cósmica! (e o subtítulo não era uma piada!)

O que está por trás dos poderes de Dion é nada mais, nada menos que a genética de seu pai. Mark (esse era o nome do cara) era um engenheiro brilhante que trabalhava para uma empresa de biotecnologia chamada BIONA. Foi numa viagem de trabalho, alguns anos antes de Dion nascer, que ele – bem como algumas outras pessoas – acabou exposto à uma estranha radiação enquanto monitorava o fenômeno da aurora boreal na Islândia.

Aparentemente, a radiação alienígena modificou o DNA de Mark – e de algumas outras pessoas também. Os que foram expostos ao estranho – e inexplicável – evento acabaram desenvolvendo misteriosos poderes (bem naquela pegada de “de repente, super”). Mark guardou segredo do que estava vivendo e começou a investigar, tentando entender o que estava acontecendo com ele, quando foi surpreendido por um ataque do Homem Torto.

Dion, o filho do casal, foi concebido depois que Mark voltou da Islândia, então o menino já nasceu com o DNA alterado. Putz… Acabei de perceber que, então, ele é sim um mutante!!! *mind blow*

E O TAL DO RPG?

Eu imagino que agora você esteja dizendo para si mesmo: “tá, essa série parece bem da hora, vale uma pipoca… mas o que diabos tem a ver com a minha mesa de RPG?”

E eu vou te dizer que ter a ver diretamente com RPG do jeito que Stranger Things, por exemplo, tem, Criando Dion não tem nada. Entretanto, a premissa da série é muito boa. Ela me deu várias ideias para ganchos que, como eu disse lá em cima, saem da caixa ao lidar com o tema “superpoderes”.

Quando a gente pensa num jogo de supers, geralmente o que aparece na nossa cabeça são aquelas figuras heroicas, que se expõem a grandes perigos para salvar o dia. A gente pensa em grandes supervilões, maus como pica-paus, que ameaçam a paz e a harmonia do mundo. Dificilmente a gente pensa nos “heróis” como pessoas comuns, levando vidas comuns, transformadas da noite para o dia por algo que, a princípio, nem parecia nada demais (Homem-Aranha feelings?). Dificilmente a gente pensa em superpoderes como um indesejável vetor de problemas.

É isso o que eu acho que Criando Dion traz de diferente. Trata-se de um gancho narrativo em que o superpoder não é o que define os heróis e também não é a solução. É o causador do problema. E o melhor de tudo é que, valendo-se apenas da premissa, do núcleo temático central, você pode contar muitas histórias diferentes.

A série, por exemplo, tem uma pegada sci-fi. Seu grupo de heróis pode, como no show, ter sido exposto a algum tipo de radiação alienígena quando estava vendo a aurora boreal na Islândia. Eles também podiam estar assistindo um filme pornô num drive-in no Deserto do Atacama. Whatever. Mas você pode querer dar ao seu lance uma pegada mais sobrenatural, não pode? Pode! Neste caso, seu grupo foi exposto a uma influência nefasta enquanto participava de uma escavação arqueológica. Talvez, ainda, tenha sido um acidente no museu, durante o primeiro dia de exposição de uma nova peça, vinda do Oriente Médio.

São muitas as possibilidades, como também são muitas as possibilidades de tom. Criando Dion foi baseada numa HQ, publicada no Brasil com o mesmo nome da série, de Dennis Liu. Trata-se de uma abordagem diferente do universo dos super-heróis. Então, mesmo partindo de uma premissa pouco vista, seu tom ainda é aventuresco, equilibrando drama e comédia. Nada impede, porém, que você queira dar um tom mais sombrio, denso e carregado. Você pode transformar a sua narrativa num suspense. Por que não num horror? Sem dúvida uma história de horror com supers não é algo que se vê todo dia!

Em todos os casos, o segredo é fazer com que os seus PJs sejam verdadeiros zés-da-couve; pessoas aleatórias, absolutamente comuns e desconhecidas umas das outras. Em determinada ocasião, eles estarão no lugar errado e na hora errada – por algum motivo como uma viagem de férias para ver as cataratas do Niágara – então serão expostos ao que podemos chamar de Evento X.

O Evento X pode ser uma chuva de meteoros, uma tempestade meio estranha, um festival de luzes no céu, um ídolo antigo, etc. O fato é que, tempos depois, as coisas começarão a acontecer, os superpoderes aparecerão, e junto com eles os problemas.

CONCLUSÃO

Existem todas as implicações de ser uma pessoa com superpoderes no mundo real e a necessidade, inevitável, de tentar entender o que aconteceu; em que ponto e porque as coisas mudaram. Os PJs precisarão descobrir e encontrar uns aos outros, ao mesmo tempo em que terão de lidar com suas vidas e com alguma instituição interessada neles por motivos escusos. Uma empresa de biotecnologia? Quem sabe uma seita ou organização secreta?

Tudo ficará ainda mais interessante se a maior ameaça, o verdadeiro vilão, for alguma coisa difícil de compreender, surgida no mesmo dia e ao mesmo tempo em que nossos heróis ganharam seus poderes; alguma coisa que parece caçá-los, desejá-los, consumi-los! Mas este, meus nobres amigos, é o tema do nosso próximo artigo.

Fiquem atentos. Abraços e até lá!

Monstro: O Homem Torto

Gancho: Criando Dion

DE REPENTE, SUPER!

O SEGREDO – MUTAÇÃO OU CHUVA CÓSMICA?

E O TAL DO RPG?

CONCLUSÃO

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