Monstro: Headcrab – Halflife
Por Edson Junior
Na quinta-feira 21/11, a Valve divulgou o primeiro trailer de Half-Life: Alyx, revelando um pouco da história do jogo e mostrando algumas partes do gameplay, para termos uma noção mais real de como o jogo será de fato.
Alyx será o primeiro jogo da franquia desde 2007 e seu enredo será desenvolvido entre os acontecimentos do primeiro e do segundo jogo. O jogador estará na pele de Alyx Vance, que luta pela sobrevivência da humanidade ao lado de seu pai Eli.
Inserindo elementos de Half-Life na sua narrativa de Terra Devastada
Em Half-Life, as criaturas que atormentam a humanidade são extraterrestres, mas algumas delas podem ser facilmente convertidas em Infectados, ou mutações dos mesmos. Hoje iremos escolher uma das monstruosidades mais conhecidas desse jogo da Valve: O Headcrab.
O que acontece quando Infectados são expostos à radiação? Mais cedo ou mais tarde um desastre iria acontecer. Com hordas de Infectados caminhando por todos os lados, os funcionários da Central Nuclear Almirante Álvaro Alberto em Angra dos Reis acabaram sofrendo um ataque massivo.
Uma grande horda foi atraída pela atividade no local e aos poucos forçaram as grades que protegem o local até que as elas cedessem. Em poucos minutos o desespero tomou conta dos que estavam ali e o caos se fez por toda área. Alguns poucos conseguiram correr e outros se esconder dentro de galerias no subsolo, porém o desastre era iminente.
Em meio a confusão, um incêndio tomou parte das instalações da usina Angra 1. Na esperança de se livrarem dos Infectados, alguns funcionários atraíram a maior quantidade de criaturas possível para um dos galpões que serviam de estoque. Lá, atearam fogo aos materiais e esperava que o incêndio fizesse o resto do trabalho. Não foi tão simples assim. O fogo realmente destruiu alguns deles, porém haviam certos Infectados que pareciam não se importar com as chamas e continuaram a seguir em direção a outras construções, atraídos pela gritaria e desespero dos sobreviventes.
Não demorou muito tempo até que o incêndio – e os Infectados – chegassem até aonde o Reator de Água Pressurizada fica e, em meio a um festim de sangue e fogo, vários sobreviventes foram atacados. No desespero completo, um grupo se escondeu próximo ao maquinário responsável pela refrigeração do reator.
Mais uma vez, foram frustrados e encontrados pelos Infectados. Em meio ao desespero que a antecipação causava naqueles pobres coitados, um dos funcionários sacou uma arma, apontou contra a própria cabeça e disse antes de disparar: “Prefiro morrer rápido, sem dor. Se fosse vocês, faria o mesmo.”
Então, como se tudo tivesse sido cronometrado e ensaiado, o barulho do gatilho e da porta estourando, cedendo ao ataque constante, foram ouvidos em sincronia. O que os sobreviventes não esperavam era um terceiro som, que veio logo após o disparo: Uma explosão. O calibre da arma se mostrara mais eficiente que o esperado, e a bala, além de dar cabo à vida do pobre segurança, atingira um cano de alta pressão, que explodiu, destruindo tudo à sua volta.
Com isso, quase todos os Infectados ali foram destruídos, e alguns outros severamente amputados, se contorciam pelo chão. Do outro lado, outras duas pessoas que estavam ali haviam sido atingidas. Uma morreu na hora e a outra estava gravemente ferida.
Aqueles que por sorte não haviam sido atingidos pela explosão, tentavam tomar controle de seus corpos apavorados, rígidos de medo e de tensão. Assim que o primeiro deles voltou a si, foi recebido pelo som inconfundível de uma sirene: Material radioativo estava vazando graças aos danos da explosão do encanamento.
Haviam ainda alguns sobreviventes naquele lugar e entre eles, três funcionários da Central. Eles sabiam que se o vazamento continuasse, os resultados seriam imprevisíveis e aquilo tudo poderia ir para os ares. E então eles tomaram uma decisão difícil: Ficariam para realizar os procedimentos de emergência, selando o vazamento e salvando a vida dos civis que estavam ali.
Como nada é simples nesse mundo apocalíptico, outros Infectados encontraram o local e atacaram os funcionários enquanto eles finalizavam o procedimento. Mais material radioativo vazou e antes que a situação piorasse mais ainda, um dos sobreviventes conseguiu alcançar a arma do segurança morto a tempo de se salvar dos Infectados que estavam ali. O vazamento foi contido, os monstros também. Mas o dano causado por tamanha exposição à radiação era fatal. Estariam mortos em pouco tempo e preferiram não sofrer, então em acordo mutuo deram cabo de suas vidas ali mesmo, naquele palco de horrores indescritíveis.
O Dia Seguinte
Na manhã seguinte ao ataque, o fogo já havia se extinguido graças à uma forte chuva que caiu durante a noite, e os mortos perambulavam pelo local em busca de seres vivos para serem consumidos. Próximo ao reator onde ocorreu o vazamento, um estranho evento se iniciava: Um Infectado que fora incapacitado devido à explosão que causou o vazamento foi exposto a radioatividade, e agora um processo de mutação se iniciava. Não exatamente no Infectado, mas em algo dentro dele.
Vermes e parasitas que habitavam o corpo daquele monstro reagiram à exposição e agora, em conjunto com o Vírus Cerberus, uma nova criatura surgia de dentro das estranhas de um Bocarra Aberrante.
Com um corpo não maior que uma abóbora, coberto por uma camada fina de pele, quatro patas longas em constante estado de retração, essa criatura parece uma aranha sem pelos e com menos patas. Na sua parte frontal, possui pequenos apêndices que lembram dedos com pequenas garras. Seus sentidos se dão primariamente pela audição, já que não possuem olhos, pelo menos não aparentes. Sua parte inferior é basicamente uma grande bocarra (herança de seu predecessor) com o que parece ser pequenos dentes em formato de garra, que servem para se afixar na cabeça de suas vítimas.
Em jogo
Essa criatura não se move muito rapidamente, porém consegue saltar até 3 metros em qualquer sentido, em um bote quase certeiro na direção da cabeça de uma pessoa. O Headcrab se mantém calmo e paciente, procurando silenciosamente sua vítima. Uma vez que o mesmo note a presença de um ser humano, rapidamente muda de comportamento e começa a emitir sons que lembram o guinchar que grandes roedores fazem, e então ferozmente saltam em direção a sua presa, em um bote fatal. Caso ele consiga atingir sua vítima, o mesmo começa a devorar seu crânio, parasitando e se unindo ao sistema nervoso do hospedeiro em uma simbiose profana, gerando um outro Infectado.
Apesar do perigo que representa, um Headcrab geralmente se afixa a uma única vitima e se mantém preso a ela até que seu corpo não sirva mais. Além disso, como é uma criatura pequena e não possui nenhum tipo de proteção natural, é relativamente fácil de ser abatido caso seja notado de antemão.
Em alguns casos, um Headcrab possui o poder de se reproduzir, procurando uma área com alta concentração de cadáveres ou componentes radioativos, e geralmente hospitais possuem ambos. Após algum tempo consumindo outros cadáveres ou material radioativo, o Headcrab entra em processo de mutação, gerando várias crias que eclodem de dentro do mesmo após vários dias.
Estatísticas de Jogo
Headcrab – Infectado Aberrante
Caracteristicas
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Boca Enorme;
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Pernas Cumpridas;
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Audição Perfeita;
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Dentes Afiados;
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Pequeno;
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Interesse apenas por Humanos;
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Se afixa a vítima permanentemente;
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Emite grunhidos antes de atacar;
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Silencioso;
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Prefere Ficar no Escuro;
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Olfato Conservado;
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Salta grandes distâncias;
Condição
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Agitado