Pathfinder para Savage Worlds: Bestiário!
Qual é o cenário de fantasia que se preze que não tenha um bestiário? Pathfinder não é diferente. Em sua versão d20 há vários livros repletos de criaturas e a versão para Savage Worlds já começa seu ciclo de vida com o lançamento de um bestiário, que talvez seja o mais completo bestiário já lançado para um cenário de Savage Worlds – pelo menos no Brasil.
Como é?
São um pouco mais de 240 fichas com alguns monstros já conhecidos – mas repaginados – como orcs, goblins e zumbis e vários monstros típicos dos cenários de D&D e pathfinder como o Tarrasque e Aboletes.
Quando falamos em monstros repaginados, estamos falando de questões mecânicas, já que algumas criaturas tiveram suas estatísticas atualizadas para se adaptar ao clima épico de Savage Pathfinder, mas também à suas descrições que os tornam parte viva do mundo de Golarion.
Destas 240 fichas temos algumas fichas que são versões diferentes de um mesmo monstro, como o goblin chantre de guerra, um bardo de guerra – que quem jogar a campanha A Ascensão dos Lordes Rúnicas irá conhecer bem de perto – ou as várias versões dos dragões, cinco metálicos (prata, ouro, latão, bronze e cobre) e cinco cromáticos (azul, branco, negro, vermelho e verde). Demônios e Diabos são outros exemplos de criaturas que trazem muitas opções para trabalhar uma aventura ou até mesmo uma campanha inteira.
Além disso, é um livro ricamente ilustrado, são cerca de 120 ilustrações divididas nas cerca de 130 páginas da edição brasileira trazendo artes de monstros icônicos e já bastante conhecidos, mas também artes de monstros menos conhecidos. O que é ótimo para aqueles que estão começando e nunca tiveram contato com essas criaturas.
E este livro traz aquilo que se propõe: é um bestiário do início ao fim, com cerca de 10% do livro trazendo habilidades monstruosas explicadas para tirar as dúvidas de habilidades apresentadas no livro, mas também para ajudar a criar ou modificar seus próprios monstros. O restante, 90% dele, são fichas para você ter muito material para confrontar jogadores e jogadoras. Afinal de contas, heróis e heroínas são tão fortes quanto os desafios que superam.
Em mesa
Para quem curte fantasia medieval, principalmente algo com um toque mais épico, este bestiário é um prato cheio.
Além do fato de você ter opções para a maioria das situações, monstros para usar na floresta, no pântano, nas montanhas etc. A maioria das criaturas não traz apenas estatísticas, mas também ideias inseridas em seu texto de apresentação que podem ser ponto de partida para muitas aventuras por si só. Arcontes, por exemplo, são inimigos naturais dos demônios, logo, quando um aparece, algo grande está acontecendo, ou pior ainda, se um está caçando o grupo de heroínas e heróis isso significa que há algo errado acontecendo.
Cabe aqui aquela velha dica sobre o uso de criaturas: não as trate como algo padrão. É possível que existam criaturas únicas mais fortes e/ou com habilidades que os demais membros do grupo não possuam, não deixe que jogadores e jogadoras decorem o livro e se adiantem a seus desafios. O próprio livro traz habilidades especiais explicadas que você pode adicionar em suas criaturas. Nada impede, por exemplo, que a tribo de kobolds tenha um campeão abençoado pelos deuses que é maior e mais forte que os demais.
Bestiários trazem uma relação de amor e ódio, em vários sentidos.
Há aqueles que odeiam um livro voltado quase em sua totalidade para fichas e números e há aqueles que conseguem ver além dos números e perceber que, mesmo em descrições mecânicas, há ideias para aventuras.
Há aqueles que adoram ter mais criaturas para surpreender jogadores e jogadoras e há aqueles que odeiam quando quem está mestrando busca monstros cada vez mais desafiadores.
Porém bestiários podem ser mais do que isso.